domingo, 5 de junho de 2011

E de novo o velho PT

Caro leitor,

Ultimamente tenho me confrontado com as mais impossíveis contradições, ou seja o jogo da politica, é impresionante notar como é podre, inescrupuloso e maquiavélico esta coisa que se chama PT.
Na última corrida em direcção ao Palácio do Planalto a campanha foi intensa e correntemente agressiva, não considerando benefícios e malefícios que as Privatizações do Grande-F.H.C. trouxeram ao povo brasileiro eis aqui um exemplo utópico:



Em reportagem a "FOLHA" do dia 01/06/2011, trouxe na capa a seguinte manchete: 
''DILMA PRIVATIZA CUMBICA E MAIS DOIS AEROPORTOS''
Eis aqui um exemplo verídico:
Isso sim que é Presidente !





segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

4 - Escândalo dos Grampos Contra Políticos da Bahia

TIM leva multa de R$ 1,043 milhão por escândalo dos grampos na Bahia





A Agência Nacional de Telecomunicações decidiu multar em R$ 1.036.225,95 a Maxitel S/A (TIM) pelo suposto envolvimento num escândalo de grampos telefônico, ocorrido em 2002 no Estado da Bahia, e que sacudiu o meio político baiano e nacional e envolvia o ex-senador Antonio Carlos Magalhães, apontado como o mandante do esquema de escutas telefônicas.

O PADO - Procedimento de Apuração de Descumprimento de Obrigações - foi instaurado em 2004 pela Anatel, logo após o escândalo ter estourado na imprensa. O resultado saiu nesta sexta-feira (26/11), com a publicação da decisão no Diário Oficial da União.

Entretanto, na decisão publicada hoje não ficou clara a participação da Maxitel (TIM) no esquema, uma vez que as escutas telefônicas à políticos adversários de ACM, supostamente eram feitas à pedido da Secretaria de Segurança da Bahia e com ordem judicial. Não esclarece como a operadora poderia ter evitado tal procedimento.

A agência, entretanto, sustentou em sua decisão, que a Maxitel (TIM) "violou sem autorização judicial, o sigilo da comunicação do deputado Geddel Quadros Vieira Lima e que não apresentou à Anatel os esclarecimentos e informações quando estes foram solicitados, a fim de averiguação por parte desta Agência da procedência ou não de denúncia formalizada pelo referido usuário". 

A decisão não deixa de ser confusa, sem maiores esclarecimentos, porque o noticiário na imprensa naquela época dava conta de que o suposto esquema de escutas partia da Secretaria de Segurança da Bahia, com suposta autorização judicial.

A Superintendência de Serviços Privados apenas considerou que a operadora Maxitel (TIM) não garantiu a "inviolabilidade do sigilo das telecomunicações em toda sua rede, bem como a confidencialidade dos dados e informações", previsto na Constituição. Ao contrário, constatou que havia "fragilidade do procedimento implementado pela prestadora", para garantir essa inviolabilidade do sigilo em sua rede. 

Histórico do escândalo

No ano de 2002, a Secretaria de Segurança da Bahia começou a solicitar no judiciário escutas para 86 pessoas, todas acusadas de envolvimento em sequestros no Estado. Apesar de parte da quadrilha ter sido desbaratada pela polícia, os pedidos de grampos telefônicos continuaram, sendo que desta vez, nomes de políticos foram incluídos. Como os dos deputados Gedel Vieira Lima (PMDB) e Nelson Pellegrino (PT).

O esquema de escutas foi crescendo e sempre em cima de adversários do ex-senador Antonio Carlos Magalhães, que passou a deter em mãos as transcrições de conversas de vários políticos, entre eles, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), o candidato derrotado em 2003 à presidência, José Serra (PSDB), o ministro dos Transportes de FHC, João Henrique e até o ex-secretário da Receita Federal, Everardo Maciel. As transcrições desses grampos inclusive foram parar na imprensa.

Ao todo foram 232 pedidos de grampo em 126 aparelhos celulares, que começaram com o intuito de investigar quadrilhas de sequestradores, mas terminaram descambando para a escuta de ligações celulares de políticos adversários do falecido senador baiano.

De acordo com informações do portal Terra, em 2003, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado abriu investigação sobre o caso contra ACM, que chegou a apresentar sua defesa por escrito. Ele não negou de forma categórica a autoria dos grampos, disse que o escândalo antecedia aquela legislatura, o que tornaria a investigação realizada pelo Conselho inconstitucional. 

Mesmo assim, o relator do caso, senador Geraldo Mesquita (PSB-AC), acabou pedindo a abertura de processo por quebra de decoro parlamentar contra ACM e a cassação do mandato. Com uma votação apertada - oito votos a sete - o parecer foi aprovado.

O Terra informou ainda que, apesar da votação, a mesa diretora do Senado, então presidida por José Sarney (amigo e aliado de ACM), arquivou o pedido no dia seguinte e remeteu a denúncia ao Supremo Tribunal Federal(STF) sob a alegação, usada na defesa de ACM, de que as acusações se baseavam em fatos ocorridos antes da posse de ACM como senador.

Segundo informações do jornal A Tarde, publicadas em 2007, o deputado federal Nelson Pelegrino (PT), uma das vítimas dos grampos telefônicos, recebeu da TIM (antiga Maxitel), em acordo entre as partes, uma indenização de R$ 500 mil. O deputado Geddel Vieira Lima também foi indenizado em acordo judicial pouco antes das eleições de 2006, mas ficou acertado que ele não poderia divulgar o valor.

Luiz Queiroz
Uma pequena, porém significante, demonstração do que  foi oGoverno LuLa

1.Caso Luís Estêvão
2.Escândalo da Quebra do Sitio do Painel do Senado (envolvendo os presidentes do Senado
3.Escândalos no Cerrado em 2001 [carece de fontes?]
4.Caso Toquinho do PT
5.Caso Celso Daniel
6.Caso Lunus (ou Caso Roseana Sarney)
7.Operação Anaconda
8.Caso José Eduardo Dutra
9.Escândalo do Propinoduto
10.Escândalo do Valerioduto [carece de fontes?]
11.CPI da Pirataria [carece de fontes?]
12.Escândalo dos Bingos(ou Caso Waldomiro Diniz)
13.Caso Luiz Augusto Candiota [carece de fontes?]
14.Caso Kroll
15.Escândalo dos Vampiros [carece de fontes?]
16.Irregularidades na Bolsa-Família [carece de fontes?]
17.Escândalo dos Correios (Também conhecido como Caso Maurício Marinho)
18.Escândalo do IRB [carece de fontes?]
19.Escândalo da Novadata [carece de fontes?]
20.Escândalo da Usina de Itaipu ou Operação Castores [carece de fontes?]
21.Escândalo das Furnas [carece de fontes?]
22.Escândalo do Mensalão
23.Escândalo do Leão & Leão [carece de fontes?]
24.Escândalo da Secom [carece de fontes?]
25.Escândalo do Brasil Telecom
26.Escândalo da CPEM [carece de fontes?]
27.Mensalão Tucano
28.Escândalo dos Dólares na Cueca [carece de fontes?]
29.Escândalo do Banco Santos
30.Escândalo Daniel Dantas - Grupo Opportunity (ou Caso Daniel Dantas)
31.Escândalo do Banco BMG (Empréstimos para aposentados)
32.Escândalo dos Fundos de Pensão
33.Escândalo dos Grampos na Abin [carece de fontes?]
34.Escândalo do Foro de São Paulo [carece de fontes?]
35.Escândalo do Mensalinho
36.Caso Toninho Barcelona [carece de fontes?]
37.Doação de Roupas da Lu Alckmin (esposa do Geraldo Alckimin)
38.Escândalo da Nossa Caixa
39.Escândalo da Quebra do Sigilo Bancário do Caseiro Francenildo (Também conhecido como Caso Francenildo Santos Costa)
40.Escândalo das Cartilhas do PT [carece de fontes?]
41.Escândalo dos Gastos de Combustíveis dos Deputados
42.Escândalo das Sanguessugas (Inicialmente conhecida como Operação Sanguessuga e Escândalo das Ambulâncias)
43.Operação Confraria
44.Operação Dominó
45.Operação Saúva
46.Escândalo do Vazamento de Informações da Operação Mão-de-Obra [carece de fontes?]
47.Mensalinho nas Prefeituras do Estado de São Paulo
48.Escândalo do Dossiê
49.Escândalo da Renascer em Cristo
50.Operação Testamento [carece de fontes?]
51.CPI da Ampla [carece de fontes?]
52.CPI da Crise Aérea (Senado Federal e Câmara dos Deputados) [carece de fontes?]
53.Operação Hurricane (também conhecida Operação Furacão)
54.Operação Octopus [carece de fontes?]
55.Operação Navalha
56.Operação Carranca[carece de fontes?]
57.Operação Xeque-Mate
58.Operação Moeda Verde
59.Caso Renan Calheiros
60.Escândalo das Concessões (Concessões de Emissoras de Rádio e TV no Caso Renan Calheiros}
61.Operação Sétimo Céu [carece de fontes?]
62.Operação Hurricane II (também conhecida Operação Furacão II) [carece de fontes?]
63.Caso Joaquim Roriz (ou Operação Aquarela)
64.Operação Babilônia [carece de fontes?]
65.Operação Firula [carece de fontes?]
66.Escândalo do Corinthians (ou caso MSI)
67.Caso de Fraudes em Exames da OAB
68.Operação Águas Profundas (também conhecida como Caso Petrobras)
69.Caso Cássio Cunha Lima (em Paraíba)
70.Operação Nove [carece de fontes?]
71.CPI da Pedofilia [carece de fontes?]
72.Escândalo dos cartões corporativos
73.Caso Bancoop
74.Esquema de desvio de verbas no BNDES
75.Máfia das CNH's (Fraudes no DETRAN de São Paulo)
76.Caso Álvaro Lins, no Rio de Janeiro
77.Operação Satiagraha Prisão de Daniel Dantas
78.Dossiê Revista VEJA
79.Crise Ética da Imprensa Potiguar (Atingiu seu auge nas eleições municipais de 2008)
80.Operação Selo [carece de fontes?]
81.Operação Deja Vu [carece de fontes?]
82.Escândalo das passagens aéreas [carece de fontes?]
83.Escândalo dos atos secretos
84.Escândalo dos falsos currículos de Dilma e Mercadante
85.Escândalo da Receita Federal - Lina Vieira
86.Censura ao jornal O Estado de São Paulo
87.Escândalo do BNDES - Paulinho da Força Sindical
88.Escândalo do conselho do FAT
89.Escândalo da compra de caças franceses Rafale
90.Escândalo José Sarney - Compra de apartamentos por empreiteira
91.Escândalo do filho de Lula - Gamecorp
92.Escândalo da venda da Brasil Telecom
93.Escândalo dos Fundos de Pensão - Luiz Gushiken
94.Escândalo da Petrobras - Refinarias
95.Escândalo da Petrobras - ONGs
96.Escândalo da Petrobras - patrocínio de festas juninas
97.Escândalo do financiamento do MST
98.Escândalo do INCRA
99.Escândalo dos gastos dos jogos Panamericanos Rio
100.Escândalo da ferrovia Norte-Sul
101.Escândalo da falência da VARIG
102.Escândalo da VARILOG e Dilma Roussef
103.Escândalo do Dossiê da Casa Civil - Dilma Roussef
104.Escândalo das obras do PAC
105.Escândalo da expropriação de ativos da Petrobras na Bolívia
106.Escândalo do "Apagão Aéreo"
107.Escândalo das licitações da INFRAERO
108.Escândalo dos Correios
109.Escândalo do IPEA - desestruturação e politização do órgão[carece de fontes?]
110.Escândalo da IURD - Igreja Universal do Reino de Deus[carece de fontes?]
111.Escândalo da pane do Speedy - Banda Larga de Internet[carece de fontes?]
112.Escândalo da SECOM - gastos de publicidade do governo federal[carece de fontes?]
113.Escândalo da gasolina batizada[carece de fontes?]
114.desestruturação das agências reguladoras[carece de fontes?]
115.CPI da Coelce[carece de fontes?]
116.CPI da Enersul[carece de fontes?]
117.CPI da Conta de Luz[carece de fontes?]
118.CPI das ONGs
119.Escândalo da privatização das rodovias federais[carece de fontes?]
120.Gripe Suína e os dados oficiais
121.Escândalo do trem bala Rio - São Paulo - TAV
122.Operação Boi Barrica
123.Escândalo da Fundação José Sarney

Compartilhar nunca foi um dos atributos mais nobres excercidos pela sociedade brasileira.

A ética profissional é uma, entre as diversas, qualificações de politicos hoje em exercicio no executivo. A corrupção, ao longo dos últimos 8 anos, foi extinta dentro do executivo.

A consequencia desse fato extraordinário, está na face da população a qual paga, com prazer e felicidade, 5 meses de impostos, durante um ano, para a melhoria das péssimas condições de trabalho entre os esforçados parlamentares, os incansáveis ministros e do próprio Presidente da República o qual demonstrou trabalhar ininterruptamente para melhorar as condições de vida dos mais pobres.

Acusções, como o “Mensalão” ou o “Caixão 2 do PT”, envolvendo o Presidente, Delúbio Soares, Silvinho, José Genuino, Antonino Palocci, entre outros, só demonstraram a nossa falta de fé, por termos desconfiado do governo e o despeito da oposição.

Nós, governados, não acreditamos na inocência dos ministros e dos parlamentares. Sem dúvida uma crença a qual se revelou absurda. Além de ter sido revoltante não acreditarmos, por um breve momento, que o Pai dos pobres não sabia de nada.
Imagina se o Presidente iria se preocupar com 3 bilhões de reais sendo desviados. Ele estava muito acima disso tudo, apresentando as tradições brasileiras pela Europa.

A nossa falta de fé perante o governo atual, impediu com que os absolvidos se expressassem . Só porque foram acusados de compartilhar entre eles, uns milhares de reais do “Valérioduto”. Isso é falso, é bobagem!
Grande parte dos paulistas, por exemplo, desconfiaram que as acusações acabariam não gerando uma investigação ou uma punição.
Tolos, nós paulistas, desconfiamos a prova dissofoi a absolvição de todos os acusados de praticar a corrupção.

 Eles não eram corruptos, nem eles e nem o Presidente do Senado, José Sarney. As absolvições resultaram na comprovação da seriedade do Congresso, além da celebração da liberdade, do amor e do perdão! Ao invez de trites e cansativas cassações de mandato, bastava ver a expressão em suas faces as quais refletiam a inocência e a pureza, dessa forma nenhuma C.P.I. teria ocorrido.

Faz-se crucial para o Brasil a prática regular dessa seriedade a qual reflete nossa boa ética, no Congresso Nacional e no Palácio do Planalto. Além de atitudes que nos façam confiar mais no Presidente, nos seus ministros e no seu partido.

Viva o Congresso, viva o Presidente !

terça-feira, 27 de julho de 2010

3 - Caso Toninho do PT

CRIME (mais uma na verdade!)


Prefeito de Campinas é assassinado



Ag. Anhanguera/AE
Humberto de Castro/AE
Toninho do PT: crime pode ter sido político


Antonio da Costa Santos, o Toninho do PT, foi eleito prefeito de Campinas no ano passado com uma vitória surpreendente sobre o tucano Carlos Sampaio, favorito nas pesquisas. Firmou-se, desde então, como uma das estrelas do partido. No dia 10, saiu de um debate na prefeitura, passou por sua academia de ginástica, foi a um shopping na periferia da cidade e quando voltava para casa, no final da noite, foi morto a tiros. Ele estava sozinho em seu carro, um Palio Weekend. Desde o início a polícia não descarta a hipótese de crime político. Segundo amigos e colaboradores, o prefeito teria sido ameaçado de morte mais de uma vez. Toninho era arquiteto e começou a vida política na década de 70. Filiou-se ao PT em 1981 e sempre teve em Campinas, a segunda cidade mais importante de São Paulo, sua base de atuação. Só na sexta-feira foi preso o primeiro suspeito do assassinato. Marcelo Ferreira estava em Bertioga, no litoral paulista, e portava uma pistola especial, do mesmo modelo da arma que matou o prefeito.

2 - Caso Celso Daniel

O choque e a reação


O assassinato do prefeito Celso Daniel lança o Brasil numa mobilização que pode finalmente reduzir a criminalidade no país


Celso Daniel: a polícia não descarta nenhuma hipótese para sua morte brutal

Raras vezes o Brasil se mobilizou tanto e tão rapidamente como na semana passada ao saber do assassinato do prefeito Celso Daniel, do PT, da cidade de Santo André, na Grande São Paulo. A execução bárbara do prefeito na noite de sábado 19 chocou o país quase instantaneamente. O assassinato tocou um nervo exposto mas profundo da sensibilidade nacional. Por todo o Brasil, em meio às explorações políticas de costume, os cidadãos das grandes cidades foram às ruas pedir providências contra o crime, contra a impunidade dos assassinos e para o começo de uma faxina nas polícias. Não é a primeira vez que as capitais do país são tomadas por passeatas pela paz ou contra a violência. Dessa vez foi diferente, não apenas pela amplitude dos protestos ou pela indignação sincera dos manifestantes. A diferença foi que os gritos da rua da semana passada vieram acompanhados de uma reação rápida das autoridades. Mesmo que atabalhoadas num primeiro momento, as medidas anunciadas e a arregimentação de governantes de todos os níveis, parlamentares e juízes permitem supor que, ao contrário do que se viu no passado, desta vez o país vai levar a sério o combate ao crime.


Numa mostra clara do momento que o país atravessa, Luís Inácio Lula da Silva, presidente de honra e eterno candidato do PT à Presidência, foi ao Palácio do Planalto cobrar providências e ao mesmo tempo oferecer ao presidente Fernando Henrique Cardoso sua ajuda para um amplo programa de combate ao crime. A imagem do aperto de mãos de Lula e FHC num momento de comoção nacional provocada por um crime de grande repercussão pode entrar para a história como um daqueles momentos transformadores. Eles são muito pouco freqüentes. No ano passado, em menor intensidade, houve no racionamento de eletricidade um mutirão semelhante que harmonizou medidas corretas do governo com a vontade das pessoas de evitar a situação pior de um país no escuro.




O amigo Sérgio Gomes da Silva: pânico e contradições

A morte do prefeito sinaliza de modo trágico que ninguém está a salvo. Nem mesmo os políticos, que muitos brasileiros julgam viver num mundo encantado de favorecimentos e imunidades. Até o presidente da República já teve seu carro particular roubado duas vezes. O prédio onde Fernando Henrique tem um apartamento em São Paulo também já foi assaltado. Num país onde o assalto no semáforo se tornou rotina e o seqüestro já faz vítimas na classe média, o assassinato de Celso Daniel funcionou como o alarme estridente dando conta de que a explosão da violência já foi longe demais.

Até sexta-feira à noite não havia uma explicação clara para a morte do prefeito de Santo André, seqüestrado quando saía com um amigo de uma churrascaria em São Paulo e assassinado 24 horas depois. Em virtude de outro crime de morte em que a vítima foi um prefeito do Partido dos Trabalhadores, Antonio da Costa Santos, o Toninho do PT, de Campinas, interior de São Paulo, chegou-se a cogitar de uma conspiração política destinada a matar integrantes do partido de Lula. A morte de Celso Daniel, segundo essa interpretação, teria sido um crime político. Os próprios líderes do PT, no entanto, admitem que essa é a mais fraca das hipóteses a ser investigadas.


Outra possibilidade, bem mais forte, é a de crime comum. Os seqüestradores teriam abordado o carro em que estavam o prefeito e um amigo, o empresário Sérgio Gomes da Silva, na esperança de seqüestrar e fazer dinheiro com o resgate. Ao descobrirem que tinham levado um político conhecido, cujo sumiço teve enorme repercussão, resolveram simplesmente matá-lo, com receio de ser apanhados na gigantesca operação de busca que se seguiria. Por fim, há dúvidas a respeito dos depoimentos do amigo, dono da Mitsubishi Pajero blindada que foi abordada pelos seqüestradores. Ele não foi levado pelos bandidos. Na polícia contou uma história que depois se revelou cheia de contradições. Silva, o melhor amigo de Celso Daniel, disse aos policiais que as travas elétricas das portas da Pajero se abriram sozinhas, depois de seu veículo ter sofrido abalroamento pelos carros dos seqüestradores. Assim, os bandidos teriam podido tirar o prefeito da Pajero e levá-lo para o cativeiro. Silva disse também que desistiu de continuar tentando fugir dos bandidos depois que a Pajero perdeu tração. Com os abalroamentos, o motor teria girado em falso mesmo com as marchas engatadas. Os peritos não conseguiram encontrar nem reproduzir os defeitos relatados por Silva. "Eu não sou mecânico e não entendo nada disso, mas tudo o que eu disse foi o que aconteceu", defendeu-se. Os policiais dizem que esse tipo de confusão é consistente com o quadro de pânico e terror vivido pelo empresário ao lado do amigo.


O engenheiro e economista Celso Daniel, um dos políticos mais populares do PT, tinha 50 anos. Ele conheceu Silva em 1988, em sua primeira campanha vitoriosa à prefeitura de Santo André. Silva prosperou. De motorista e segurança do prefeito, tornou-se empresário. Uma investigação do Ministério Público de Santo André resultou num dossiê de quarenta páginas em que os promotores descrevem seu espanto com a súbita riqueza de Silva. Em quatro anos, sua renda aumentou dez vezes. Segundo levantamento dos promotores, em 1996, tinha rendimentos anuais de 30.000 reais. Em 2000, eram 300.000 reais. Há um complicador. Silva é sócio de um certo Ronan Pinto, dono de três empresas de ônibus e beneficiário de contratos milionários com a prefeitura de Santo André, muitos deles investigados por irregularidades. O próprio Silva foi investigado por ter recebido 272.000 reais de uma das empresas de coleta de lixo de Ronan Pinto, a Rotedalli Serviços e Limpeza Urbana, que na época tinha contratos de 1,7 milhão de reais com a prefeitura de Santo André. Todos esses detalhes deverão ser examinados pelos policiais envolvidos na elucidação da morte de Celso Daniel. Eles não descartam a hipótese de que o assassinato pode estar relacionado a interesses econômicos contrariados pelo prefeito. Seja qual for o desfecho das investigações, ele não atenuará a indignação demonstrada pelos brasileiros na semana passada. Está claro que a sociedade está disposta, como nunca, a colocar um limite à ação criminosa no país.
O promotor do Estado de São Paulo acaba de aderir a este caso, anos depois e pessoas a menos. Cembranelli lutará pela verdade. C.Q.C.!

1 - Caso Pinheiro Landim

Falta de decoro

Em seis semanas, deputado renuncia
duas 
vezes para fugir da cassação política


Landim: duas renúncias em quarenta dias, para poder candidatar-se outra vez


O deputado Pinheiro Landim (sem partido-CE) entrou para a história política brasileira na semana passada. Com um intervalo de apenas quarenta dias, num feito inédito, ele renunciou duas vezes ao mandato de deputado. No dia 15 de janeiro passado, Landim entregou sua carta de renúncia abrindo mão do mandato de deputado conquistado em 1998 e que terminaria duas semanas mais tarde. Agora, renunciou ao mandato que acabou de conseguir nas urnas cearenses, na eleição do fim do ano passado. A dupla renúncia é uma escandalosa manobra para fugir da cassação. Acusado de usar sua influência junto ao Judiciário para vender habeas-corpus a traficantes, Landim quis evitar o julgamento político que se iniciava na Câmara dos Deputados. Se fosse cassado, e havia enormes riscos de sê-lo, Landim perderia o direito de concorrer a qualquer cargo eletivo pelos próximos oito anos. Com a renúncia, evitou a cassação e, se quiser, poderá candidatar-se já no ano que vem a uma prefeitura no Ceará.

Numa distorção gritante, a lei atual permite que um parlamentar sob ameaça de cassação renuncie ao mandato e, assim, preserve seus direitos políticos, ficando imediatamente apto a candidatar-se ao que quiser. Ou seja: a renúncia virou um antídoto seguro contra a mais severa punição política que o Parlamento pode impor. A manobra não é nova e, na legislatura anterior, foi usada por políticos conhecidos, como Antonio Carlos Magalhães e Jader Barbalho, que renunciaram em 2001 e estão agora de volta ao Congresso Nacional. O que causou perplexidade no caso de Landim foi a forma debochada e zombeteira como apelou para a renúncia. Primeiro, Landim concorreu ao cargo de deputado em outubro passado, reelegendo-se com 91.000 votos, e em seguida resolveu renunciar ao mandato antigo, mas só depois de ter garantido um segundo mandato. Preservou seus direitos políticos, mas estará sujeito a julgamento na Justiça.

Na Câmara, existem vários projetos que pretendem tapar esse rombo na legislação. O mais adequado prevê que a renúncia não interrompa o processo de cassação. Assim, o deputado ou senador poderia usufruir seu direito constitucional de renunciar, mas não escaparia da punição política. Caso o projeto estivesse em vigor, Landim, se fosse cassado, só poderia voltar à política em 2014. "É uma medida que precisamos tomar com urgência", diz o deputado petista Patrus Ananias, relator do caso de Landim. Como se diz no jargão parlamentar, talvez o melhor seja agir com "urgência urgentíssima".